quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Todas as cidades do Paraná terão efetivo fixo da PM a partir de 2013


A partir de 2013, todos os municípios do Paraná passarão a contar com um efetivo mínimo de cinco policiais militares, sob o comando de um sargento. A determinação foi anunciada pelo governador Beto Richa nesta quinta-feira (29), durante encontro com prefeitas e prefeitos eleitos em Foz do Iguaçu. O governo também alocará viaturas e equipamentos para dar suporte ao trabalho dos policiais nos municípios.
 
A medida integra o Projeto 300, batizado em alusão aos 300 menores municípios do Estado, que são o principal foco da iniciativa. Parte dos policiais integra a turma em formação e começará a atuar no primeiro semestre de 2013. O restante será selecionado pelo próximo concurso para ingresso na Polícia Militar. 

“Esse reforço faz parte do empenho do governo para garantir mais tranquilidade e segurança aos paranaenses. Não havia planejamento de efetivo nos pequenos municípios, e agora vamos mudar isso”, disse Richa, lembrando que no ano passado o governo fez a maior contratação de policiais da história do Paraná. 
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, o projeto de reforço policial está em fase final de elaboração. Segundo a PM, alguns municípios têm apenas dois policiais fixos para atender mais de uma cidade. 

“Nos pequenos municípios o problema de efetivo é muito perceptível. O Projeto 300 faz parte das inúmeras melhorias promovidas pelo governo na área da segurança pública”, disse. Vasques citou como exemplos a aquisição de equipamentos e viaturas, além do aumento no efetivo policial, construção de novas sedes para o Instituto Médico-Legal, batalhões, delegacias e postos do Corpo de Bombeiros. 

MÍNIMO - O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberson Bondaruk, disse que cinco policiais é o número mínimo necessário para fazer o rodízio dos profissionais entre os plantões. “Este será um avanço fundamental. O governo estadual está atuando firme nessa questão e pretendemos, no mais curto espaço de tempo, dar a resposta que os municípios do Paraná precisam e merecem”, afirmou.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Governo do Paraná finaliza compra de 1.220 viaturas para a segurança pública



O governador Beto Richa confirmou nesta segunda-feira (19/11) a compra de 1.220 novas viaturas para atender a área de segurança pública do Estado. No pregão realizado pela Secretaria da Administração e Previdência na semana passada o valor global da concorrência chegou a R$ 122,5 milhões.

O valor é 10,5% menor que a estimativa máxima prevista no edital de licitação, que era de R$ 137 milhões. Além disso, deverão ser abatidos do preço final dos veículos outros R$ 6,8 milhões relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso, o Estado vai desembolsar R$ 115,7 milhões pelo lote.

As empresas vencedoras do certamente terão que entregar os veículos equipados com rádio-comunicador, pintura personalizada, sistema de sinalização (giroflex) e compartimento para a guarda de presos. As adaptações equivalem a um terço do valor total de cada viatura.

“O investimento em infraestrutura e os novos equipamentos asseguram melhores condições de trabalho para os nossos policiais e mais segurança para a população. Este é mais um compromisso que estamos cumprindo”, afirmou Richa.

Segundo o governador, a entrega das primeiras 200 viaturas acontecerá em, no máximo, 60 dias, após a assinatura do contrato. Outras 355 viaturas deverão ser entregues em até 90 dias; 70 viaturas em até 120 dias e as últimas 595 em até 180 dias. O Paraná não fazia nenhuma compra de viaturas para a segurança pública neste volume desde 2007.

LOTES - A licitação para a compra dos veículos, que será finalizada nos próximos dias e aguarda apenas as medidas formais necessárias, abrange seis lotes, com especificações distintas de viaturas.

A compra prevê a entrega de 150 veículos modelo sedan; 100 utilitários de 110 cv; 470 utilitários de 130 cv; 100 utilitários (4x4); 160 utilitários médios (4x4); e 240 picapes (4x4).

A aquisição de novas viaturas faz parte do planejamento do Programa Paraná Seguro, criado para reestruturar a área da Segurança Pública no Estado. No total, o programa prevê a compra de 3.600 novas viaturas. No mês de outubro, foram entregues 80 veículos para unidades do Corpo de todo o Estado. “O governo está fazendo um grande esforço para dotar as unidades de polícia de equipamentos adequados para o combate à criminalidade”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques.

Além do reequipamento das polícias, o que também inclui investimentos com novas armas e munições, o Paraná Seguro contempla um aumento efetivo no número de profissionais, tanto no policiamento extensivo como no trabalho de investigação. Em março deste ano, o governo do Paraná incorporou 3.120 policiais às forças de segurança, em um único ato. São 1.967 policiais militares, 481 bombeiros e 672 policiais civis, entre investigadores, escrivães e papiloscopistas.

Para manter a regularidade nas contratações, o governo do Estado autorizou, no mês de agosto, concurso para 5.664 novos policiais (4.445 policiais militares, 819 bombeiros e 400 delegados). É a maior contratação de policiais da história do Paraná.

VALORIZAÇÃO – Durante este ano, o governo estadual também melhorou os salários pagos às categorias policiais, com a implantação do subsídio. O aumento consistente colocou o Paraná como referência no pagamento na área da segurança pública, atrás apenas do Distrito Federal, onde os salários são pagos pela União.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Construção da Inpacel


Video institucional que mostra as etapas da construção da fabrica de papel Inpacel, em Arapoti (atual Stora Enso)

Relembrando histórias do futsal com FOCA


ENTREVISTA
  
Relembrando histórias do futsal com FOCA
  
Seu nome é Antônio Rubens Vaz. Desde cedo no mundo do esporte, com um ano de idade mudou-se de Jacarezinho para Telêmaco Borba, ocasião em que seu pai, o grande goleiro Bolívar, veio integrar o time do Clube Atlético Monte Alegre de futebol de campo – aquele que seria campeão em 1955, tornando-se a primeira equipe do interior a vencer a 1ª divisão do Campeonato Paranaense.
Em 1974 ingressou na empresa Klabin Monte Alegre, ocupando o cargo de técnico em Mecânica. Apaixonado por futsal, aproveitava as horas vagas para treinar voluntariamente o time do CAMA – nascendo assim uma bela rivalidade com a equipe do Aquárius Futsal.
Em 1990, Vaz transfere-se para a Inpacel, em Arapoti, onde acompanhou a montagem da nova fábrica, mas já com o intuito de ajudar a equipe patrocinada pela empresa a deslanchar.
Foram cinco anos de conquistas no futsal, culminando com o título mundial na Espanha em 1995. Nesse mesmo ano, a equipe da Inpacel acaba e o técnico em Mecânica deixa para trás 22 anos de trabalho na indústria para ingressar definitivamente na carreira de técnico de futsal.
Depois de treinar várias equipes no Brasil foi para a Itália, passando por diversos clubes como assistente técnico e treinador. Hoje Antônio vive na Sicília, ao sul das terras italianas, onde treina o time do Augusta F.C.
Nossa equipe aproveitou as férias do Foca (como é mais conhecido o treinador) e foi a Curitiba para uma entrevista descontraída, cheia de memórias e pensamentos de um profissional apaixonado pelo esporte.

P&V – Você cresceu em uma família de esportistas. Desde cedo você é apaixonado por futebol?

FOCA – Sim. Nós aprendemos primeiro com o meu pai. O pessoal mais antigo, do time campeão de 55, o Pequeno, o meu pai, entre outros que foram jogadores, faziam esse trabalho de ensinar futebol voluntariamente, só pra tirar os guris da rua, para os filhos não ficarem na rua sem fazer nada.
A ideia deles era arranjar uma atividade esportiva, algo que eles gostassem de fazer. Então como éramos direcionados ao futebol, treinávamos futebol.
O futebol de campo nasceu desse sonho de participar daquela equipe do CAMA. Todos eram funcionários da Klabin e jogavam. O Pequeno, o meu pai, o Taíco, o Baianinho... Essas pessoas saíram e veio a segunda geração, com Rubinho, Alcione, Danilo, meu irmão Paulinho (que chegou a jogar no Atlético Paranaense).
Nosso vínculo era ver esse pessoal jogar, estar junto deles, marcando campo, pegando bola, engraxando chuteira.

P&V – Seu pai, Bolívar, chegou a treinar vários meninos na escolinha do CAMA...

FOCA – Meu pai vivia como funcionário do CAMA. Ele cuidava do campo, treinava o time e fazia a escolinha, onde a maioria dos meninos era filho de funcionários da Klabin. Chegou a ter mais de 100 moleques.

P&V – Existia um tratamento diferenciado para aqueles funcionários que jogavam?

FOCA – Sempre vai existir. Por isso que nasceu essa era de profissionalismo. Ou você faz só futebol ou você só trabalha. Se você põe a mesma pessoa para fazer os dois, aquele que não faz esporte sempre vai ficar com ciúme.
Na Europa ainda se convive muito bem. O cara joga e trabalha. Nossa cultura tem muita barreira para ser quebrada.

P&V – Você acha que não deveria haver nenhum problema entre a pessoa jogar profissionalmente e ter outro emprego?

FOCA – Tem o bom profissional e tem o vagabundo, que deve ser mandado embora. Mas aquele que consegue jogar e trabalhar com rendimento você mantém.
É uma questão de cultura. Se fosse assim em todas as áreas, um advogado não poderia pegar mais de uma causa.

P&V – Da Klabin você se transferiu para a Inpacel. Como foi essa mudança para Arapoti?

FOCA – Tudo isso surgiu em função do trabalho que eu fazia na Klabin, trabalhando com futebol de salão nas categorias de base, tentando trabalhar de forma organizada junto com Pedrinho, Everaldo, Maca, Jair Neves (o pessoal que fazia a coisa acontecer, sem receber nada).
Como nós tínhamos na mesma época o curso de papeleiro, eu conheci um pessoal que era de Jaguariaíva, se formou e já conseguiu emprego na Inpacel. Foi quando eu conheci o meu compadre Abílio. 
Esse pessoal levou a possibilidade de levar um time de futsal para a Inpacel, porque até então a empresa só tinha time de campo, na segundona. Eles disputaram três ou quatro campeonatos e não ganharam.
E daí o superintendente geral da Inpacel propôs ao Abílio, recém-formado, de montar um time de salão para jogar na região de Jaguariaíva, Venceslau, Piraí, Tomazina, quando tivesse festa de aniversário dos municípios.
Criou-se um time de jogadores que trabalhavam e disputavam esse torneio a noite. Quando eles ganharam o torneio regional, surgiu a ideia de fazer um time com amplitude maior de competição.
Aí pediram meu currículo para tentar aprovar na Inpacel, como técnico em Mecânica. Mas existia a possibilidade de fazer um projeto para disputar o paranaense.
A Ivete, minha esposa que é professora, fez um teste e foi contratada pelo Colégio Positivo em Arapoti e tudo deu certo.
Indo para lá, logo apresentamos o projeto do time de futsal. Porém, em Arapoti não tinha estrutura, não tinha luz, não tinha ginásio. Não tinha como levar um grupo de jogadores para disputar naquelas condições.
Mesmo com as dificuldades, o time foi montado com quatro ou cinco jogadores de Londrina e mais uns seis que haviam sido campeões regionais.
Aí entrou o professor Jarrão, de Jaguariaíva, que ajudou muito. Ele foi o mentor junto com o Bosco e com o Abílio de formar esse time.
De 91 a 95 o time ganhou tudo. O Paranaense era obrigação ganhar. Chegamos ao auge com o título mundial na Espanha. Eu sempre estava no meio como assistente ou como técnico enquanto não vinha um técnico de fora.
Em 1995, o Félix, que era o técnico, saiu logo no começo do ano porque recebeu uma proposta da Espanha. E foi assim que eu segui com o time até o mundial. Na volta nós disputamos mais um campeonato paranaense e a Inpacel encerrou o patrocínio da equipe.

P&V – Quando acabou o time da Inpacel, o que aconteceu com a sua vida?

FOCA – Eu tinha duas saídas: continuar na Inpacel até aposentar ou ia trabalhar com o esporte.
Eu tinha feito amizade com muita gente do futsal – Paulinho Cavalcante, Danilo, Fininho, Ortiz, Serginho, entre outros – e foi assim que eu tive a possibilidade de me tornar treinador de fato.
Eu comecei a fazer cursos, me adequando na área técnica, física e tática. No momento pesou bastante a questão da família, pois não é fácil deixar 22 anos de carteira assinada para trás.
Fui convidado para ser técnico em Carazinho (RS). Aproveitei que tinha duas férias vencidas e fui. Quando as férias venceram eu pedi a conta da Inpacel e estou aí correndo até hoje. Não fiquei rico, mas dá pra se viver (risos).

P&V – Qual a principal conquista desde que você se tornou técnico profissional em 95?

FOCA – A principal conquista é a cultura que eu adquiri e as coisas que pude proporcionar para a minha família. Nesses anos que estou na Itália, todo ano a minha família vai pra lá.
Será que se eu estivesse trabalhando hoje como mecânico eu teria dado essa chance para minha família? Conhecer a Alemanha, Suíça, Roma, Milão?

P&V – Em 16 anos como técnico, você passou por quais times?

FOCA – Inpacel, Carazinho (RS), América de Tapera (RS), Paço Fundo (RS), Goiás Esporte Clube, Seleção da Bahia, ACBF (RS), Londrina... e daí fui para Itália.
Lá eu treinei o Augusta FC em 2001 e 2002, Reggio Emília, de 2002 para 2003, e voltei para o Brasil, passando por Pato Branco e Foz.
Depois voltei para a Itália, treinando novamente a equipe do Reggio Emília, fui para Veneza, depois para o Ceccano, e voltei para o Augusta, na Sicília, onde estou hoje.
Trabalhei praticamente em todas as regiões da Itália.

P&V – Existe um grande número de jogadores brasileiros jogando futsal na Itália.

FOCA – Só para se ter uma ideia, são 14 times na série A1, 28 na série A2, 62 na série B e uns 80 na série C. Com isso, abriu-se uma porta muito grande para os brasileiros, principalmente para os descendentes de italianos. Nos quatorze times da série A existem pelo menos oito brasileiros em cada time.
O jogador pode se radicar na Itália, conseguindo cidadania, ganhando mil euros, com todas as despesas pagas pelo clube: assistência médica, moradia, alimentação, etc.
Eu fiz as contas, em 2010 nós tínhamos cerca de 530 jogadores brasileiros só na Itália. A Seleção Italiana, que disputou o mundial no Brasil em 2008, tinha 14 jogadores brasileiros.

P&V – Qual a grande vantagem da sua carreira na Itália?

No meu caso é de ajudar pessoas que têm potencial para jogar futebol e através do futsal melhorar a sua vida, tanto no aspecto cultural como financeiro, ajudando sua família. Isso eu aprendi com o pessoal de Telêmaco.

P&V – Você conheceu muitas estrelas do Futsal?

Sim. Daqui, da Itália, da Espanha. Dessa geração da Seleção Brasileira o Lenísio, o Falcão, quando eles ainda eram do juvenil.
Da geração antiga... Serginho, Manoel Tobias, Danilo, Fininho, Ortiz...
Da outra geração, Douglas, Jackson, Paulo Nunes, o Pança, o falecido Barata.
Da Itália eu conheci todos durante esses anos que estou lá, sem falar no pessoal da Espanha e de outros países.

P&V – Você acompanha os campeonatos europeus

FOCA – Sim. Eu posso ver a hora que eu quiser. Vai ter o Campeonato Europeu agora na Hungria. É apenas uma hora de avião de onde eu moro. Tem jogo do Roma e Lazio, eu pego avião, vou e volto.
Lá eu vejo com frequência os jogadores famosos como o Dida, Sidorf, Júlio César. É algo comum.

P&V – Você tem fama de ser um treinador durão, enérgico, que acredita na estratégia e no método. Você se considera realmente durão?

FOCA – Você não pode fazer nada sem programar. Essa história de ser durão é lenda. Você querer que o seu filho de 14 anos não fume é ser durão? Você querer que o seu filho com 14 anos respeite as moças que estão do lado é ser durão?
Não é ser durão, mas tem que ter uma linha de conduta, fora e dentro da quadra.
Eu aprendi a respeitar as pessoas e procuro passar isso. Se alguém não respeita, não fica comigo. Vai procurar outro ambiente.
A metodologia é fundamental, pois não tem mais tempo para o “eu acho”. Ou você sabe fazer ou não sabe fazer.
O esporte, como eu aprendi, é coisa sagrada. Não se brinca. Se você vai trabalhar dentro do esporte, a vida tem que ser regrada. Se não tem objetivo, vai jogar pelada de fim de semana!

P&V – Você então é disciplinador?

FOCA – Tem muitas pessoas que não entendem porque estão ali. Alguns vão lá buscar uma coisa que é lenda, pensando que jogador de futebol é vagabundo, toma cerveja, vai na zona, não gosta de trabalhar e de estudar.
E pra mim é justamente o contrário. Quem vai fazer esporte é cara que gosta de estudar, que é pontual, que busca ser o primeiro da classe.
Acho que tem que colocar Deus na tua vida. E a bola também te traz um pouco de Deus!

P&V – Você é Católico?

FOCA – Procuro ser. A Itália é o povo mais católico do mundo...Mas é bom lembrar que foi o povo que crucificou Jesus.

P&V – Em quem você se inspira profissionalmente?

FOCA – O meu pai, o Paulinho, que é meu falecido irmão, Paulo César Carpegiani são minhas referências. Leio muito sobre o José Mourinho, o Silvio Lancelotti... Todas as reportagens que eu vejo na internet e livros desses caras eu procuro ler, pois todos eles têm um ponto em comum: disciplina.

P&V – Você tem lembranças do seu pai como jogador de futebol?

FOCA – Eu não vi o meu pai jogar. Ele jogava em Arapongas quando machucou o joelho e parou de jogar. Eu vi ele mais como treinador, mas todos falavam que ele foi um bom jogador.
Com certeza, o maior legado que o meu pai deixou foi nos ensinar a fazer o que você gosta, procurando tratar bem todo mundo, com lealdade e trabalho. Quando você faz o que você gosta, não tem dinheiro que pague.

P&V – Como é sua rotina na Itália?

FOCA – Na parte da manhã trabalho das 9h30 às 12h. Eu levanto às 7h, tomo meu banho, tomo café e vou para a quadra deixar tudo preparado. O pessoal chega, nos cumprimentamos, fazemos uma oração agradecendo pelos nossos familiares estarem bem no Brasil, agradecemos por ninguém ter se machucado. Daí fazemos uma brincadeira, vamos para o aquecimento e começamos a treinar com alta intensidade das 10h às 11h45.
O pessoal toma banho e depois nós almoçamos todos juntos – criamos um refeitório só de brasileiros.
Das 14h30 às 16h30 tem as escolinhas das equipes de base, onde eu sou o responsável técnico e tático dos instrutores.
Às 18h voltamos a treinar com o time principal até às 20h – isso de segunda a sexta.
Aos sábados tem jogo da equipe principal, às 16h, e no domingo tem campeonatos das categorias de base.
Essa rotina acontece de setembro a dezembro. Paramos no natal e no ano novo, daí voltamos em janeiro e vamos até final de maio, quando tiramos férias.

P&V – Em relação ao futsal europeu, em que patamar se encontra a Itália hoje?

FOCA – Hoje a Espanha é o top. Na Europa podemos colocar Itália em terceiro lugar, tendo a Rússia como segunda força, pois eles estão investindo um dinheiro pesado.

P&V – E o futsal no Brasil?

FOCA – O Brasil tecnicamente é muito forte e voltou a se organizar taticamente. Mas é como no futebol de campo. A internet quebrou muitos segredos.
Todo mundo posta fotos, filma, nos conteúdos das universidades tem muito trabalho acadêmico, livros...Então ficou muito igual.
Hoje, o que sempre vai resolver é o talento individual. Mas isso você tem que saber como fazer, como trabalhar o talento individual na equipe.

P&V – Existe diferença de perfil entre o jogador de futsal e o jogador de campo?

FOCA – O futebol de campo é muito ilusório. Em um ano o seu ganho financeiro pode aumentar significativamente. No futsal você tem um ganho menor, mas tem o cursinho, o colégio e a faculdade que o clube te dá.
Hoje, todos os meus amigos que jogavam futsal e pararam são formados em Educação Física. O Falcão tem um diploma para quando ele parar de jogar.
O campo não te dá isso, pois o jogador trabalha de manhã e tem que descansar para treinar a tarde. O Sócrates conseguiu estudar porque tinha contrato para treinar só a tarde.
O Neimar hoje não tem segundo grau completo e já tem um filho.


P&V – Quando você perde uma partida, o que se passa pela sua cabeça? O que você procura fazer?

FOCA – Eu procuro descobrir onde que eu errei. Isso eu aprendi com o Engenheiro Raimundo Tobich, Ademar Lopes, Moacir Trevisan, seu Eloy chaves, Antônio Machado, seu Dinarte, Nelson, Chico... essas pessoas que me deram base na Klabin onde eu trabalhei. 
Eu saí do ginásio, nunca tinha trabalhado na minha vida, fui cair na escola técnica. Da escola técnica eu fui trabalhar na Klabin, em 74, sem saber nada de mecânica.
Essas pessoas tiveram uma calma comigo, tranquilidade, paciência e didática para me ensinar. E eu trago até hoje comigo essa metodologia.
As pessoas faziam eu enxergar a importância do meu trabalho. Eu tinha que estar convencido de que era capaz. A partir do momento que eles me convenceram que eu era capaz, eu tinha motivação para estudar junto com os meus companheiros a maneira mais fácil de executar aquela tarefa, sem prejudicar a produção da empresa.
Então, a primeira coisa que eu faço quando o meu time está perdendo é descobrir onde eu errei na minha qualificação semanal e porque o meu time não está conseguindo se encaixar.
A gente começa a descobrir ali porque o jogador está nervoso, indeciso. O que será que eu falei para ele durante a semana? É psicologia.

P&V – Como é viver longe dos seus familiares?

FOCA – Agora com a internet fica fácil. Eu falo todo dia com a Ivete (esposa) e com minhas filhas. Eu sou casado há 30 anos e existe um vínculo forte entre nós.
Eu me apego a Deus através das minhas orações para poder fazer o que eu gosto.
Eu tenho saudade delas e dos meus amigos, mas se deus está me colocando naquela situação é porque ele acha que eu posso resolver.

P&V – O que representa Telêmaco Borba para você?

FOCA – Eu fui para Telêmaco Borba com apenas um ano, quando o meu pai foi campeão jogando pelo CAMA. Foi lá que eu cresci, fiz amigos, me casei e tive minhas duas filhas. Só saí de Telêmaco para ir para a Inpacel. Passei uma vida lá, foram mais de trinta anos.

P&V – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus amigos de Telêmaco?

FOCA – Com certeza. Que deus abençoe a todos que convivi, direta ou indiretamente. Agradeço muito a todas essas pessoas que me deram uma base muito grande através dos exemplos, que eu uso até hoje. Isso não tem preço.
Graças a essa base eu tenho princípios, hombridade e respeito pelo próximo.

P&V – Qual a sua expectativa profissional na Europa?

FOCA – Eu quero continuar ajudando as pessoas que precisam. Muitos brasileiros vão pra lá com um sonho de ficar rico e fazer festa. É muita ilusão. Nesse sentido eu tenho a possibilidade de ajudá-los, inclusive alertando para o fato de que muitos técnicos vêem o jogador como um produto, não como ser humano.
Além disso, quero me qualificar cada vez mais. Lá tenho acesso a muitas coisas e quero que minha família também aproveite isso.
  


Fonte: Revista Ponto & Vírgula - 3ª Edição


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Patrulhas do campo

O governador Beto Richa iniciou um programa que vai revolucionar a qualidade das estradas rurais do Paraná. O desafio é enorme. São quase 110 mil quilômetros de estradas e por elas transitam 30 milhões de toneladas de grãos, a maior safra do Brasil, além de toda a produção agropecuária do Estado, que é uma das mais importantes do País.
Nem é preciso dizer que boas condições de tráfego nessas estradas têm impacto também para o bom funcionamento do transporte escolar, do acesso aos serviços de saúde, lazer e para o desenvolvimento econômico e social dos municípios. 

 


O programa – chamado de Patrulha Rural – vai repassar máquinas e equipamentos supervisionado por técnicos do governo a consórcios de municípios para recuperação e modernização de estradas rurais. Tudo isso será feito dentro dos mais avançados padrões de conservação do solo e normas ambientais.
A ação da Patrulha do Campo nas estradas rurais não se limitará a simples reparos em estradas em más condições de tráfego. Ela vai apresentar soluções de longo prazo para essas vias cruciais para o escoamento da safra paranaense.


O equipamento pesado da patrulha do campo vem acompanhado de estudos técnicos, projetos de engenharia para a execução das obras. É uma parceria em que o Estado entra com o maquinário e o corpo de engenheiros e os municípios se responsabilizam pela execução das obras.
A Patrulha do Campo também prevê a capacitação de operadores de máquinas e das equipes técnicas municipais. Na primeira fase o programa vai colocar em campo trinta patrulhas. Até 2014 serão mais trinta.
As patrulhas são compostas por 30 escavadeiras hidráulicas, 30 tratores de esteira, 30 pás carregadeiras, 30 motoniveladoras, 30 rolos compactadores, 30 caminhões-comboio, 30 pick-ups, 150 caminhões basculantes e 10 carretas para o transporte de equipamentos.


O trabalho prévio de engenharia vai minimizar impactos ambientais e reduzir gastos futuros para conservação e manutenção das estradas. As Patrulhas do Campo se somam outras iniciativas já em execução para apoiar os municípios na tarefa de manter estradas rurais, como o repasse de óleo diesel e a pavimentação poliédrica (com pedras irregulares) de trechos prioritários.
A manutenção das estradas rurais é de competência dos municípios, mas as prefeituras não têm conseguido arcar com as obras.


 O governo do Paraná, como faz em outros setores, inova ao estabelecer essa parceria com os prefeitos, garantindo suporte para assegurar boas condições aos produtores para o escoamento das safras.
O projeto ajuda a promover a conscientização das comunidades sobre a necessidade de conservação dos recursos naturais, especialmente a água e o solo, como condição básica para a melhor conservação das estradas rurais. É uma forma criativa e inovadora de reduzir o custo para o trabalhador rural e permitir que a riqueza fique no campo.  


O governo do Paraná também vem atuando para atacar gargalos de infraestrutura, como a construção de pontes, ferrovias, aeroportos, duplicação de estradas e ampliação de portos. Dentro dos limites da prudência o Estado atua em todos os setores para garantir todos requisitos para que o produtor possa produzir e escoar sua produção nas melhores condições possíveis.


A criação das Patrulhas do Campo é o resgate de um compromisso de campanha. É também uma resposta aqueles que pretendem criar uma imagem distorcida, sugerindo a existência de um Paraná que não avança. Nada poderia ser mais falso. 
O Paraná está liderando o crescimento do PIB, muito acima da média nacional, e está administração reverteu o clima de desconfiança e insegurança jurídica que havia se instalado em relação ao Estado. Prova disso foi a atração de R$ 19 bilhões em investimentos, a multiplicação da construção de casas populares e instalação de um governo que tem como marca o diálogo.

Atividades esportivas nas Apaes serão ampliadas em contraturno

XX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAESXX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAES - 08-11-2012XX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAES - 08-11-2012XX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAES - 08-11-2012
XX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAES - 08-11-2012XX OLIMP?ADAS ESPECIA?S DAS APAES - 07-11-2012
A partir de 2013, as Apaes e escolas especiais do Paraná poderão se inscrever nos programas esportivos oferecidos pela Secretaria da Educação no contraturno escolar. O objetivo é aumentar a oferta e fortalecer as atividades esportivas na educação especial. Serão oferecidas 37 modalidades. 

“Queremos promover a democratização do esporte na escola e dar a mais alunos a oportunidade de frequentar atividades esportivas no contraturno das aulas normais”, disse Aluízio da Rosa, coordenador de Esporte Escolar do Departamento de Educação Básica (DEB). 

Em todo Paraná, atualmente mais de 41 mil alunos participam o programa Hora Treinamento, Esporte e Lazer. Outros 20 mil alunos de mais de 280 escolas participam de atividades esportivas por meio do programa Segundo Tempo, desenvolvido pela Secretaria da Educação em parceria com a Secretaria do Esporte e Ministério do Esporte. 

O resultado do investimento já pôde ser conferido 20° edição das Olimpíadas Nacional das Apaes, encerrada em Maringá no último sábado (10). Durante cinco dias, mais de 1,5 mil alunos de 22 estados participaram de competições em 10 modalidades. Mais de 90 atletas de 320 Apaes e 80 escolas especiais participaram da delegação paranaense. 

“O objetivo dessas olimpíadas foi estimular a superação, a integração e a inclusão por meio da prática esportiva”, disse Walquíria Onete Gomes, diretora do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional (Deein). 

Os alunos também assistiram a apresentações artísticas e culturais e fizeram passeios pelos pontos turísticos da cidade. “Nós temos que deixar de lado a parte da competitividade e pensar em outros aspectos. Os alunos começaram a criar amizades pensando em uma próxima olimpíada daqui a três anos. Isso é muito legal”, disse Fernando Meneguetti, coordenador-geral dos jogos olímpicos. 

O evento foi organizado pela Apae de Maringá e Federação Nacional das Apaes, com apoio da Secretaria de Estado da Educação e em parceria com a Prefeitura de Maringá e o Centro Universitário de Maringá (Cesumar).


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

HINO DOS CAMPOS GERAIS



GRUPO REAL VIVAVOZ
I - Histórico
Surgiu em abril de 2005 quando Renato, Edson, Álvaro e Luiz reuniram-se para cantar. Já na primeira música notaram que as quatro vozes casaram-se entre si. Resolveram a partir de então adotar um dia por semana para cantar e ensaiar esmeradamente.
As músicas do seu repertório são de caráter eclético, agradando as idades e os vários estilos musicais, incluindo músicas próprias como é o caso das músicas CAMPOS GERAIS, CONTANDO EM CANTOS, CAMINHAR SOZINHO, SONETO DO RETRATO, TERRA BRASILIS, MONSTRO PRECONCEITO e FIBRILAÇÃO, entre outras.
Estrearam como grupo em 06 de agosto de 2005. Repetiram a programação de estréia em 6 de setembro nas solenidades do DIA DE CASTRO no Teatro Bento Mossurunga daquela cidade. Fizeram parte de solenidades como homenagem às mães do MASTER GIRASSOL em maio de 2006. Apresentaram o programa NOITE DE GALA no dia 27 de junho de 2006 no Teatro Ópera com todo apoio da Secretaria Municipal da Cultura. Encerraram o ano de 2006 com uma apresentação em parceria com o GRUPO PAX SONORA da vizinha cidade de Castro no Teatro Bento Mossurunga em 10 de dezembro de 2006. Em 17 de março participou individualmente do PRIMEIRO FESCATI em Tibagi onde conseguiram segundo e terceiro lugar no quesito INTERPRETAÇÃO CATEGORIA POPULAR. Participaram da Abertura da Exposição de Quadros em 25 de março de 2007 na PROEX-UEPG.
Em abril, Edson teve que se ausentar do grupo, mas continuou a fazer música e arranjos vocais.
Rogério entrou no lugar de Edson a partir de abril de 2007.
Participaram da SEMANA DA CULTURA BRUNO E MARIA ENEI cantando na Escola Estadual Epaminondas, no Parque das Máquinas, Escola Nossa Senhora das Graças, Colégio Borell e Colégio Meneleu na primeira quinzena de maio de 2007.
Em junho de 2007, fizeram a abertura das Solenidades de inauguração da SALA CAMPOS GERAIS no PARQUE ESTADUAL VILA VELHA onde interpretaram a música CAMPOS GERAIS, muito propícia para a ocasião.
Participaram da abertura do IV ENCONTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL no último dia 18 de julho no HOTEL BRISTOL VILA VELHA.