segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para Requião, acordo com PT é ilegítimo


Aniele Nascimento Gazeta do Povo

Requião: “Qual quer partido deve pensar em ter candidato próprio à Presidência”

O governador Roberto Requião (PMDB) sinalizou que está disposto a comprar briga com a
cúpula nacional do partido que anunciou na semana passada que vai selar uma aliança com o PT para apoiar a candidata à presidência da República, ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Para o governador, o acordo não tem força de decisão partidária porque não foi realizada convenção.
“Não houve decisão nenhuma, aquilo foi uma farra de um jantar e não tem nenhum aspecto legal. Eu não reconheço a autoridade de meia dúzia de comensais que, depois de tomar um bom vinho e comer um bom ragu (do francês ragoût, tipo de carne ensopada, encorpada, e com molho abundante), resolve dizer para todo o partido o que deve fazer”, disse. “Num jantar, o máximo que podem fazer é um arroto depois da sobremesa”, ironizou. A declaração foi feita no sábado, durante convenção municipal do partido, em Curitiba.
O pré-acordo eleitoral foi acertado na última terça-feira pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente licenciado do PMDB, deputado federal Michel Temer. O PMDB negociou a indicação do vice de Dilma, participação na coordenação da campanha e na elaboração do plano de governo da candidata.

No discurso para secretários de estados, deputados, vereadores e militantes do PMDB, Requião conclamou todos a engrossar o movimento que será lançado no dia 21 de abril em Curitiba, quando o partido pretende reunir governadores e presidentes de diretórios que também não concordam com o processo de aliança conduzido pela cúpula. “O pessoal do arroto em Brasília que se convença porque arroto não é diretriz para o velho PMDB de guerra. Não vamos concordar com acordo de jantar, com promessa de cargos em ministérios que transformam o partido em agência de empregos de quinta categoria”, disse.
Apontado por lideranças do partido, entre elas o governador gaúcho Pedro Simon, como alternativa do PMDB para a presidência da República, Requião desconversou e disse que a discussão de nomes é secundária, mas defendeu candidatura própria. “Qualquer partido deve pensar em ter candidato próprio à Presidência da República, se não tiver é legenda malandra, de aluguel nas mãos de alguns que se beneficiam disso”, afirmou.
O entusiasmo do governador ao combater os acordos que vêm de cima não foi o mesmo quando o assunto é a candidatura própria do partido na sucessão estadual. Questionado se o PMDB vai lançar candidato ao governo, Requião não foi enfático. “O Pessuti quer ser candidato e ele foi treinado numa boa escola porque é meu vice há 8 anos”, afirmou.
Sobre os efeitos de uma aliança nacional PT-PMDB no Paraná, o governador disse que ainda é muito cedo para avaliar porque tudo será decidido no próximo ano.

O vice-governador Orlando Pessuti reafirmou que quer ser candidato, mas que essa decisão não depende só de vontade própria. Uma ala do partido defende a aliança com o PSDB do prefeito Beto Richa, que também é pré-candidato a governador.
Durante a convenção, Doático Santos foi reconduzido à presidência municipal do partido e Carlos Moreira Junior, que disputou a eleição para prefeitura, é o novo vice-presidente. Entre os 13 membros da Executiva estão também o deputado estadual Alexandre Curi, o deputado federal Marcelo Almeida e o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.
26/10/2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ABRAM AS PORTAS DA PIZZARIA BRASIL

Reabrem-se as portas da Pizzaria Brasil. Mais uma CPMI instaurada. Agora será a vez dos "benevolentes" integrantes do tal MST (Movimento dos Sem Terra). Apurar o quê, contra quem? Já que esse "balaiao de gatos", não existe judicialmente. Não se trata de uma entidade Jurídica. Não tem representante Legal, pois ela não existe juridicamente. Será uma"balela" no Congresso Nacional, com parlamentares se digladiando, acusando-se mutuamente, sem chegar a lugar algum. E o povo brasileiro, acreditando que estão realmente, tomando atitudes drásticas, contra os marginais invasores, liderados por outros tantos, sem caráter. Enquanto isso, o Brasil naufraga politicamente, sem destino e sem comando. Mas, será chegada a hora da decisão, nas urnas, no próximo ano. Lá veremos quem pode mais, os políticos ou, o povo brasileiro. Horas e mais horas, serão perdidas em debates desnecessários, ocupando a mídia, fazendo de nosso Parlamento, uma chacota. Entendo que basta o enquadramento desses invasores na Lei de Segurança Nacional, colocando os vilipendiários na cadeia, fazendo-os pagar suas atrocidades cometidas, para que sirvam de exemplos aos demais, já que agem em grupos, pré determinados, com ordem unida. Assim, estaria restabelecido o direito de propriedade, daqueles que constroem a economia nacional, plantando, produzindo, criando riquezas para o Brasil. 22/10/2009

Maioria dos deputados que retirou nome do requerimento da CPI do MST é do PR

Deputados que retiraram as assinaturas do requerimento de criação da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) no Congresso admitiram nesta quinta-feira que foram pressionados por líderes governistas a recuar no apoio à comissão.
Na operação deflagrada nos bastidores para tentar impedir a criação da CPI, os governistas conseguiram convencer 19 deputados da base aliada a retirarem as assinaturas, mas o número não foi suficiente para impedir que a comissão fosse criada.

O deputado Luciano Castro (PR-RR), um dos parlamentares que retirou a assinatura, reconheceu que foi pressionado por governistas para recuar no apoio à comissão.
"Houve um apelo do governo para que parlamentares da base retirassem as assinaturas porque a CPI não contribuiria para as investigações. Eu tenho posição contrária à invasão promovida pelo MST no interior de São Paulo, tinha resolvido assinar. Mas houve o apelo do governo", afirmou.
Os parlamentares que recuaram no apoio à comissão, porém, negam que tenham sido ameaçados por governistas a retirarem assinaturas sob pena de não receberem emendas ao Orçamento da União. "Nem se falou nisso, não se tocou nesse assunto", disse Castro.
Dos 19 deputados que voltaram atrás no apoio à CPI, a maioria é do PR. Sete deputados da legenda recuaram na adesão à comissão, seguidos por cinco do PP e outros do PT do B, PMDB, PTB e PDT. O deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG) foi o único integrante de um partido que faz oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a retirar sua assinatura.
A oposição apresentou, inicialmente, 182 assinaturas de deputados favoráveis à CPI do MST. Enquanto os governistas convenceram 19 deputados a voltarem atrás, a oposição conseguiu mais 47 assinaturas -o que resultou no total de 210 deputados favoráveis à CPI. Para que a comissão fosse criada, eram necessárias assinaturas de pelo menos 171 deputados.
No Senado, onde não houve ofensiva do governo contra a CPI, a oposição conseguiu o apoio de 36 senadores à comissão --nove a mais que o mínimo necessário para a criação da comissão mista (com deputados e senadores).
Veja abaixo a lista dos deputados que retiraram assinaturas da CPI do MST:

Aelton Freitas (PR-MG)
Antonio Cruz (PP-MS)
Charles Lucena (PTB-PE)
Dr. Nechar (PP-SP)
Eduardo da Fonte (PP-PE)
Fernando Chiarelli (PDT-SP)
Francisco Rossi (PMDB-SP)
Geraldo Thadeu (PPS-MG)
João Carlos Bacelar (PR-BA)
João Magalhães (PMDB-MG)
Jurandil Juarez (PMDB-AP)
Leo Alcântara (PR-CE)
Luciano Castro (PR-RR)
Marcelo Teixeira (PR-CE)

Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG)
Tonha Magalhães (PR-BA)
Vilson Covatti (PP-RS)
Vinícius Carvalho (PT do B-RJ)
Wellington Roberto (PR-PB)

CNBB diz que Cristo não fez alianças com fariseus e ironiza declaração de Lula

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Dimas Lara Barbosa, rebateu a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de fazer alianças. Em entrevista à Folha Lula disse que Jesus Cristo teria que fazer uma coalizão com Judas se precisasse de apoio numa votação. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", afirmou Lula.
Dom Dimas disse que, apesar de Judas ser um dos discípulos de Cristo, Jesus não fazia alianças com "fariseus" --numa referência a pessoas que parecem uma coisa por fora, mas por dentro são outra.
Perillo diz que Lula é rancoroso e perde chance de ser um estadista

O representante da CNBB ainda ironizou a declaração do presidente. "Para governar o Brasil? Estamos tão mal assim? Queria dizer que, sem dúvida Judas foi discípulo de Cristo, mas Cristo conhece o coração das pessoas e reconhece a liberdade de cada um. Cristo não fez alianças com fariseus. Pelo contrário, teve palavras duras para com eles. Deus conhece o coração das pessoas", afirmou.
Questionado se os fariseus nesse caso poderiam ser representados pelo PMDB, dom Dimas disse que não avalia alianças políticas.
Em um jantar, comandado pelo presidente Lula, na noite de terça-feira, petistas e peemedebistas fecharam uma pré-aliança para a campanha eleitoral de 2010.
"PMDB? Não. Não estou entrando em detalhes de partido nenhum. Não estou me referindo a nenhum partido. Tem gente de bem em todas as áreas", afirmou.
Sem querer polemizar, dom Dimas cobrou do Congresso a análise do projeto de iniciativa popular que estabelece a "ficha limpa" para os candidatos que disputam cargos públicos. O movimento reuniu 1,3 milhão de assinaturas de brasileiros favoráveis à proposta e impede que candidatos com problemas na Justiça participem da disputa eleitoral.
"Temos que lutar pela ética na política e levar adiante esse projeto de fichas limpas. Estamos tendo dificuldades, mas tenho certeza que, com a vontade popular se manifestando, faremos o projeto chegar lá na frente. O trabalho com o bem comum exige o mínimo de ética e por isso queremos que pessoas com pendências não possam ser candidatos", disse.
Por: MÁRCIO FALCÃO da Folha Online, em Brasília

Oposição critica Lula e diz que presidente se une até com "traidor" para fazer sucessor

A oposição reagiu nesta quinta-feira à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em defesa da governabilidade disse que era preciso fazer alianças para ter apoio no Congresso. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", disse Lula em entrevista à Folha.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), criticou as declarações de Lula e disse que o petista decidiu verbalizar práticas veladas do governo federal. "Infelizmente, o presidente apenas vocaliza o que no passado não vocalizava. É um governo pragmático que, para garantir sua sustentação, faz aliança até com o pior traidor", afirmou.
Leia íntegra da entrevista de Lula
Cristovam diz que Jesus jamais faria acordo com Judas
Segundo Maia, Lula está disposto a se aliar com o que há de "pior na política" para conseguir eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República em 2010.
O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), disse à Folha Online que Lula mostra que tem como prática se aliar a pessoas envolvidas em irregularidades.

"A comparação com Jesus Cristo e Judas para quem é católico como ele e cristão, como boa parte da população brasileira, é uma violência para justificar todas as bandalheiras, traições que permitiu que se fizesse em seu governo. Com essa frase ele deixou claro porque ocorreu o mensalão, os aloprados", afirmou.
Freire disse que a popularidade Lula permitiu ao presidente dizer "tudo que lhe vem à cabeça" sem razoabilidade. "Em toda entrevista, ele mostra que está completamente perdido. Estamos com um presidente que se julga acima de qualquer outro mortal. Ele tem falado besteiras imensas sem se preocupar com limites éticos e morais."
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a entrevista de Lula mostra que o presidente não tem limites para tentar eleger Dilma. "Há uma relação de promiscuidade entre o presidente e os partidos que o apoiam. Já não há cuidado com a questão ética que o presidente agora considera irrelevante", disse o tucano.

Já o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), afirmou que Lula "perdeu a serenidade" ao defender a aliança com o PMDB a qualquer custo. "Essa história de se comparar a Jesus Cristo e Judas mostra que ele se sente acima dos mortais. O presidente precisa aterrissar. O presidente fala uma coisa e pratica outra. Ao invés de tentar uma convivência democrática com a oposição ele agride e ao mesmo tempo estimula o convívio com os mensaleiros e aloprados."
A oposição aposta que o PMDB, apesar de ter fechado um pré-acordo com o PT em torno da candidatura de Dilma, vai mudar de ideia até o momento da votação. "A aliança é um desejo, não uma certeza. Os interesses regionais vão falar mais alto para o PMDB", afirmou Dias.
Freire, por sua vez, disse que Lula vive de "fantasia e factóide" porque sabe que sua candidata não vai decolar nas pesquisas de intenção de votos. "Ele sabe que a Dilma não tem potencial e que esse PMDB que participou do jantar é o mesmo que já participava do café da manhã e das reuniões no Palácio", afirmou o presidente do PPS.
Além de não apostar na confirmação da aliança PT-PMDB, a oposição também avalia que Lula não conseguirá transferir votos para Dilma em 2010 a ponto de elegê-la presidente da República.
"Essa exposição da ministra com a máquina do governo não se tornou positiva, não creio que seja possível transferir os votos necessários. Há o percentual de beneficiados do Bolsa Família que podem obedecer ao chamado do presidente, mas isso não é suficiente", afirmou Dias.
Na opinião de Maia, a transferência da popularidade de Lula por Dilma está vinculada à estratégia do PT nas eleições de 2010. "A transferência depende da popularidade ele, mas das estratégias das duas campanhas. Claro que é uma eleição difícil, mas as estratégias é que são vencedoras ou não. Vai depender a estratégia da oposição no processo eleitoral", afirmou.
Por: GABRIELA GUERREIROMÁRCIO FALCÃO da Folha Online, em Brasília

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

PT e PMDB participarão da coordenação da campanha de Dilma à Presidência

PT e PMDB formalizaram ontem à noite um pré-acordo em torno da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República. Pelo compromisso firmado, o PMDB indicará o vice da chapa de Dilma.Cotado para vice de Dilma, o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, disse hoje que o partido quer ser o "ator principal" na campanha da ministra, e não apenas um "figurante" nas discussões programáticas em 2010."Espero que o PMDB possa formalizar uma aliança, participar da formulação programática da campanha. Que não seja um mero figurante, mas um ator principal. O PMDB é um partido forte, significativo, que quer participar como ator principal", afirmou.Os dois partidos divulgaram hoje uma nota explicando os termos do pré-acordo. Pelo pré-acordo, os dois partidos participarão da coordenação da campanha de Dilma.Do lado petista, participarão do núcleo da coordenação de campanha o presidente do partido, Ricardo Berzoini, os deputados José Eduardo Martins Cardoso, Cândido Vaccarezza e Antônio Palocci (SP).O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, foi indicado para coordenar a elaboração política do programa de governo.O PMDB indicou o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e a presidente interina da legenda, Iris de Araújo (GO) para integrar o núcleo de campanha de Dilma. A cúpula do peemedebista também pretende indicar novos membros para o núcleo de campanha, com a participação direta de Temer nas discussões políticas.Problema nos EstadosA nota afirma ainda que PT e PMDB levarão o pré-compromisso "às instâncias partidárias, construindo soluções conjuntas para as alianças regionais".Os dois partidos ainda enfrentam problemas em alguns Estados para selar a aliança --caso da Bahia, onde o ministro peemedebista Geddel Vieira (Integração) quer disputar o governo conta o petista Jaques Wagner, atual governador.Além disso, o núcleo da campanha peemedebista também vai trabalhar para convencer dissidentes a apoiarem a candidatura de Dilma. Liderados pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, parte do PMDB defende que o partido apoie a candidatura do governador José Serra (PSDB-SP) ao Palácio do Planalto,

PMDB do Paraná diz não à adesão da sigla à candidatura de Dilma

Governador Requião lança, junto com o senador gaúcho Pedro Simon, campanha para que o partido tenha candidato próprio à Presidência da República Publicado em 20/10/2009 Kátia Chagas

Na contramão da direção nacional do PMDB, no Paraná os principais integrantes da legenda lançaram ontem um movimento a favor da candidatura própria à Presidência da República. O anúncio foi feito pelo próprio governador Roberto Requião e sinaliza que os peemedebistas paranaenses não vão aceitar passivamente a aliança entre o PMDB e o PT em torno da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, a petista Dilma Rousseff. Amanhã, as direções nacionais do PMDB e do PT devem selar, junto com o presidente Lula (PT), o acerto entre os dois partidos.
Os peemedebistas paranaenses, porém, pretendem trazer a Curitiba, no dia 15 de novembro, integrantes da sigla de todo o país para mobilizar a ala do partido que é contra alianças no primeiro turno da eleição.

Lina e Dilma não voltam ao Senado

Maioria governista depois de exacerbado debate na CCJ rejeita requerimentos de convocação de Lina Vieira e Dilma Rousseff para falarem no Senado sobre a interferência da Ministra em assuntos da Receita Federal.

Dilma nega o mensalão e ainda quer ser presidente


Dilma disse achar “impossível” que partidos políticos exigissem “vantagem financeira” para votar e aprovar projetos de interesse do governo federal e declarou “grande respeito” pelo ministro José Dirceu. Negar o mensalão é o mesmo que negar o sol, a lua, as estrelas, o mar,a terra. È negar a própria existência do ser humano. E ela quer ser presidente. Pode?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que você acha dessa proposta: projeto obriga político a matricular filhos em escolas públicas?

A proposta é do senador Cristovam Buarque (PDT) e está bombando na internet, através de emails e nas redes de relacionamento. Buarque apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. “As conseqüências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil”. Essa é opinião do senador pedetista e dos que estão disparando os emails ao país inteiro. Me mande sua opinião a respeito.
www.joaoarruda.com.br Ou comente neste blog

JORNAIS ENTRANGEIROS DESTACAM VIOLÊNCIA NO RIO: 'PARECE NÃO TER MAIS LIMITES'

Diário britânico fala em constrangimento e diz que acontecimentos forçaram palavras tranquilizadoras do governo brasileiro para os Jogos de 2016
GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Os violentos acontecimentos do último fim de semana no Rio de Janeiro, evidenciados pela morte de 14 pessoas, 10 ônibus queimados e a queda de um helicóptero da polícia por tiros de bandidos, receberam destaque nesta segunda-feira nos jornais de todo o mundo. Em referência aos Jogos Olímpicos de 2016, que será sediado pela cidade carioca, ficou o questionamento sobre a segurança.
Os jornais franceses ficaram impressionados com o helicóptero abatido pelos traficantes do Morro dos Macacos, na zona norte do Rio. O “Le Figaro” definiu como cenas de uma guerra civil. Segundo o “Libération”, é algo nunca visto, mesmo em um Brasil escaldado pela violência, e alertou para a audácia dos chefes que comandam as favelas.
- Parece não ter mais limites.
Sede dos Jogos de 2012, a Inglaterra, com o diário “The Independent”, escreveu que, para um governo que mal acabou de celebrar seu sucesso ao vencer a candidatura olímpica, é um constrangimento muito grande os eventos ocorridos no fim de semana. - O Rio já é considerada uma das cidades mais violentas do mundo, mas sábado foi intenso e fora do comum, forçando autoridades a enviar palavras tranquilizadoras em relação aos Jogos.
Países derrotados pelo Brasil na disputa pela sede olímpica, Espanha e Estados Unidos, que concorriam com Madri e Chicago, respectivamente, não pouparam críticas ao violento fim de semana no Rio. De acordo com o “El País”, a intervenção da polícia na briga entre facções é uma prova clara do poder do crime organizado na cidade.
- Os grupos, como o Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, continuam fortemente armados, algo que lhes dá um poder de fogo que preocupa bastante as autoridades cariocas, principalmente tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2016.
O americano “Christian Science Monitor” foi mais além. Disse que, apesar dos esforços do governador Sérgio Cabral e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em afirmar que a situação vai melhorar, a população está incrédula que a violência na cidade pare de acontecer por causa das Olimpíadas. 19/10/2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A LIBERDADE DO CIDADÃO

Ao cidadão deve ser dada toda a liberdade para que se manifeste, critique. Na maior parte das vezes, a razão está com ele. As críticas não devem ser levadas pelo prefeito para o lado pessoal. Não se deve buscar desculpas, viver a responsabilizar governos anteriores.
Político mexe com pressão, por isso quem não quer ouvir crítica deve abandonar a carreira. É preciso aprender que a crítica feita pelo cidadão é à pessoa jurídica, à prefeitura, não é à pessoa física do prefeito.
Se o prefeito tem certeza de que está fazendo o máximo, não tem por que revidar.
Mas como responder às críticas? O prefeito tem o poder administrativo, uma máquina na mão. Deve fazê-la funcionar, começando pelas ações simples: desde a pintura de meio-fio à capina bem feita, ruas sem buracos mesmo que essas ruas foram feitas por gestões anteriores pois se trata de manutenção, e tudo tem que ter manutenção se não um dia para.
A cidade deve estar sempre bonita. Quem não gosta?
Mais que isso, quem paga imposto exige. Aliás, um bom prefeito seria igual uma ótima dona de casa afinal, ela trata de manter a casa limpa e bonita, as finanças controladas, e busca sempre a qualidade de vida de todos que ali habitam.
O prefeito também tem o poder legal e o poder fiscalizador.
Tem o poder do exemplo: se acorda cedo, tem vida simples, vive com austeridade, a população lhe apóia, compreende e com ele coopera mais. Imagem fiel e agenda clara são um caminho e tanto para o político responsável trilhar.
Agenda clara recomenda que se faça o dever de casa no início da gestão. A população espera isso: o acerto de contas com o que foi legado ao novo administrador. É óbvio que a popularidade obtida triunfalmente nas urnas será afetada. Mas a população cobra e com todo direito.
O bom gestor público deve sempre olhar para futuro e procurar ativar a economia.

VEREADOR, QUAL O PAPEL DESSE CIDADÃO

Mas o que de fato pode fazer o seu vereador?
As propostas apresentadas, muitas vezes, revelam uma ingerência de poderes. Os Vereadores dizem que “farão” tanta coisa que deveriam ser Prefeito.
O vereador não faz, o vereador propõe.
O papel de vereador é definido pela Constituição Brasileira e suas principais funções é fiscalizar as ações do poder executivo e propor projetos de lei, que, se aprovados, tornam-se leis.
O vereador deve ter capacidade de propor e defender suas propostas, além de analisar outras propostas que virão do executivo ou de iniciativas de leis populares.
Com o tempo se criou uma idéia de que o vereador deve ser um “leva e trás”, uma pessoa que intermedia o dialogo entre o prefeito e parcela da população.
Ao invés de fazer leis que melhoram a vida de toda população, uma parcela dos vereadores buscam atender a interesses particulares de seus eleitores. Assim, ser próximo ao prefeito cria facilidades ao trabalho do vereador, possibilitando a ele repassar tais facilidades aos seus eleitores fiéis. Ampliando a distorção de papel do vereador temos as tais homenagens, sob a forma de títulos de cidadão ou em nomes de rua. As indicações, mesmo quando justas, acontecem sem nenhuma participação da população.
É Claro que o vereador pode e deve estar próximo da população, deve inclusive criar ferramentas que aproximem o povo das decisões de poder. Mas isto deve ser realizado sem criar dependência, tutela ou clientelismo, deve ser para todos e nunca para atender a interesses particulares.
Assim como os prefeitos e seus vices, também os vereadores são funcionários públicos contratados por um tempo limitado. Uma função que não é uma profissão e que deveria ter limite de reeleições.
A democracia precisa de vereadores que cumpram bem o seu papel, vereadores que proponham leis, que criem ferramentas de democratização do poder, que auxiliem o executivo sendo fiscais de suas ações.
E não só aprovar leis do executivo, mais que também as elaborem.
Só lembrando que o povo deve cobrar do prefeito e dos vereadores, e também enviar projetos de iniciativa popular para o legislativo.
Voçê cidadão tem direito, afinal voçê é o Patrão. 15/10/2009

PREFEITO, QUAL O PAPEL DESSE CIDADÃO?

O candidato, no caso a vereador ou a prefeito, deveria ter em sua mente que ele é uma pessoa que concorre a uma vaga no serviço público. A eleição é um grande concurso, onde se escolhe um administrador público (prefeito), um auxiliar direto (vice-prefeito) e alguns auxiliares (vereadores) que trabalharão para o povo durante um tempo determinado.
Cada um tem uma função bem clara, o prefeito é o cidadão que deve ser um bom administrador, não só de recursos financeiros, o prefeito administra recursos humanos (pessoas, seus sentimentos e suas idéias).
Então vejamos dois clássicos do mundo político, o “Dr. Prefeito” e o “Prefeito Paizão”.
Alguns prefeitos ao assumirem governam a partir de suas cabeças, sem ouvir muita gente, geralmente adotam uma visão de elite e acreditam saber tudo o que a população necessita.
Como regra geral, o “Dr. Prefeito” se cerca de assessores que pensam como ele e acredita fazer o que deseja a população, se distancia cada vez mais de quem o elegeu. Do alto de sua sabedoria, de seus títulos e de seus diplomas, se esquece de seu papel de funcionário público e vira as costas ao povo.
Existe outro caso clássico, o do “Prefeito Paizão” que se elege e busca a proximidade com a população para legitimar suas idéias, trata a população de maneira assistencialista. Busca ser o “Paizão” do povo e tutela este povo. Usa de seu populismo, sempre ajudando a quem precisa.
Nos dois casos, quando o povo se cansa, estes políticos se sentem injustiçados.
Mas o prefeito deve ser um líder moderno, o prefeito deve saber ouvir, colher idéias e transformar essas idéias em projetos que trarão benefícios a toda população, montando uma equipe atenta e eficaz.
O prefeito deve ter capacidade para montar uma equipe que mescle inovação e experiência, que mescle criadores de idéias e bons executores de projetos.
Nessa equipe está o vice-prefeito, um sujeito que foi eleito junto com o prefeito não só para substituí-lo, mas para auxiliá-lo em todos os momentos da administração, estando ambos atentos a tudo, acreditem mas existem muitas cidades em que o povo já esqueceu quem é o Vice.
O prefeito terá ainda que nomear outros assessores, os critérios deverão iniciar pela capacidade, como administrador público, e depois mesclar visão, compromisso social, humildade, inovação, conhecimento, afinidade, entre outras características.
O prefeito deve criar meios de ouvir as reais necessidades da população e depois criar ferramentas de medir a eficiência dos resultados de cada ação, sempre de acordo com o olhar da população.
Com os vereadores, o prefeito deve criar uma relação de respeito, nunca buscando a subserviência, mas a parceria. O prefeito e seus assessores devem estar prontos para oferecer esclarecimentos e prestar contas. Utilizar sua base de apoio para fazer a discussão, tirando de cada projeto o melhor benefício à maioria da população.
Os casos do “Dr. Prefeito” e do “Prefeito Paizão” transitam na política brasileira há séculos, quando pensamos que estão diminuindo verificamos que estes políticos apenas se reciclaram.
Mas, com a ampliação da informação, a população está cada vez mais atenta a estes políticos. 15/10/2009

ELEIÇÕES 2010

O Ex. Prefeito de Jaguariaíva Ademar Ferreira de Barros, seria um bom nome para concorrer
há uma vaga para Deputado Estadual para representar Jaguariaíva e Região?
Houve-se falar em vários apoios da região, para sua candidatura seria Fatos ou Boatos?
Se for Fato seria ótimo para Jaguariaíva e Região ter um representante.
Se for Boatos o candidato que Ademar apoiar, irá com certeza trabalhar por Jaguariaíva assim como todos os candidatos que ele apoiou até hoje, sempre trouxeram recursos para nossa cidade. 15/10/2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE JAGUARIAÍVA

O prefeito de Jaguariaíva esteve na sessão de hoje dia 13/10/2009 e falou em um discurso meio sem nexo para que os moradores de uma referida rua esburaqueada, que se quiserem " que façam greve, chamem a imprensa' e disse que dá vontade de não arrumar a rua porque não foi ele quem fez, Ora Prefeito para que foi eleito, senão dar manutenção no que existe e fazer muito mais.
Além disso pelo que sei, quem faz greve é o Empregado e não o Patrão. Certo?

Ainda friso seu prefeito, que quem vive de passado é museu, não adianta ficar procurando culpados anteriores para disculpar , Afinal era isso que o Senhor mostrava em sua campanha eleitoral, fotos de ruas cheias de buracos, e muito mais, e agora o senhor diz que dá vontade de não arrumar porque não foi o senhor que fez. Lembre-se que agora é o Senhor o Prefeito.
Um dia o Senhor foi a pedra, hoje o Senhor é a vidraça, por isso a frente do executivo está na hora de executar, pois é só através de ações que se geram resultados, e não de críticas de administração anteriores.

FOME, NUNCA MAIS

João Arruda: 13/10/2009
Segurança alimentar é o conceito segundo o qual nenhuma pessoa pode ser privada da alimentação básica, que deve ser suficiente (em termos de quantidade e qualidade) não apenas para não morrer de fome, mas para manter a saúde e, no caso das crianças e adolescentes, a possibilidade de um desenvolvimento saudável. O conceito inclui, obviamente, a obrigação do Estado em prover essa necessidade.
Em algum momento, espero que não muito distante, teremos segurança de moradia, segurança de emprego, segurança de educação e cultura. Hoje, porém, ainda é necessário falar da fome, pois, apesar de todos os esforços, o problema permanece em todo o país. Como dizia o saudoso Betinho, pai espiritual dos programas de combate à fome, quando um cidadão é privado de comida, é porque tudo o mais lhe foi tirado.
A cidadania começa aí. O governo Lula rompeu com todos os padrões anteriores ao criar o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome e ao instituir o Sistema Nacional de Segurança Alimentar. Contrariamente ao dogma neoliberal do estado mínimo, o Brasil assume hoje o combate à fome como prioridade nacional.
Fiz este preâmbulo para comentar a política paranaense no setor. O Estado vai investir, até 2010, R$ 1,3 bilhão em segurança alimentar e a coloca como parte indissociável das políticas sociais.
O Governo do Paraná a define ainda como “a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso às outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis”.
Creio que aí está dito tudo. Para a implementação desta política, o Paraná é o único estado brasileiro que dispõe de um software que identifica todas as ações e programas oficiais de segurança alimentar.
O software permite saber onde reforçar o orçamento para investir em segurança alimentar, evitando a dispersão de esforços por vários órgãos do governo e garantindo a racionalização da aplicação dos recursos e fiscalização dos resultados dessas ações.
O governo trabalha hoje em duas dimensões: a alimentar, que engloba a produção, disponibilidade, auto-suficiência, acesso, recuperação, manutenção da saúde e sustentatibilidade, e a nutricional, que trata das relações entre homem e alimento, escolha, consumo, saúde e condições de vida.
Foi necessário trabalhar em três direções: o diagnóstico da realidade socioeconômica do Estado, a concepção de desenvolvimento e a organização dos sistemas de acompanhamento e avaliação.
O primeiro grande desafio foi desenvolver o Estado a partir das diferenças, priorizando os espaços socialmente críticos, reduzindo as disparidades regionais com ações promotoras de desenvolvimento.
A política de segurança alimentar faz parte das diretrizes fundamentais do atual governo. Com a Política de Desenvolvimento do Estado, conseguimos criar políticas públicas que constroem, no dia a dia, um estado democrático, justo e progressista, diferentemente do modelo excludente e gerador de desigualdades sociais que vigorava até 2002.
Nenhum governante honrado pode deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilamente quando sabe que há concidadãos privados do mais elementar dos direitos: o direito de não passar fome.
João Arruda, 33 anos, é fisiologista do esporte e secretário-geral do PMDB do Paraná: http://joaoarruda.com.br/

sábado, 10 de outubro de 2009

PMDB DO PARANÁ NÃO ACEITA DECISÃO DE CIMA PARA BAIXO DIZ JOÃO ARRUDA

O PMDB do Paraná foi o primeiro a questionar a condução política, tomada pela direção nacional – leia-se Michel Temer e José Sarney – a respeito das alianças e da própria posição do partido nas eleições de 2010. Uma decisão de cima para baixo não vai mobilizar as lideranças estaduais, prefeitos, vereadores e muito menos a militância peemedebista. Decidir – antes de qualquer consulta ampla de todos os diretórios – se o PMDB vai com este ou com aquele partido, sem considerar a candidatura própria à presidência, é jogar pelo ralo o pratrimônio do partido: nove governadores, cinco vice-governadores, 91 deputados federais, 17 senadores, 172 deputados estaduais, 1.201 prefeitos, 910 vice-prefeitos, 8.497 vereadores. Além disso, o PMDB tem diretórios formados em 4.671 municípios, dois milhões de filiados e 15 milhões de simpatizantes. Nesse situação imposta por Temer e Sarney, fará com que as lideranças regionais procurem outros partidos, e não o PT, para as alianças majoritárias. Escrito por João arruda em seu Blog em 10/10/2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

GOVERNO DA POSIÇÃO, DIREITOS DA OPOSIÇÃO

Superficialmente, os princípios da Posição e a proteção dos direitos individuais e da Oposição podem parecer contraditórios. Na realidade, contudo, estes princípios são pilares gêmeos que sustêm a mesma base daquilo que designamos por governo democrático.

Governo da Posição é um meio para organizar o governo e decidir sobre assuntos públicos; não é uma outra via para a opressão. Assim como um grupo auto-nomeado não tem o direito de oprimir os outros, também nenhuma posição, mesmo numa democracia, deve tirar os direitos e as liberdades fundamentais de um grupo de oposição ou de um indivíduo.

As Oposições — seja devido à sua origem étnica, convicção religiosa, localização geográfica, nível de renda ou simplesmente por ter perdido as eleições ou o debate político — desfrutam de direitos humanos fundamentais garantidos que nenhum governo e nenhuma posição, eleita ou não, podem tirar.

As oposições devem acreditar que o governo vai proteger os seus direitos e a sua identidade própria. Feito isto, esses grupos podem participar e contribuir para as instituições democráticas em suas cidades, estados e do seu país.

Entre os direitos humanos fundamentais que qualquer governo democrático deve proteger estão a liberdade de expressão; a liberdade de religião e de crença; julgamento justo e igual proteção legal; e liberdade de organizar, denunciar, discordar e participar plenamente na vida pública da sua sociedade.

As democracias entendem que proteger os direitos das oposições para apoiar a identidade cultural, práticas sociais, consciências individuais e atividades religiosas é uma de suas tarefas principais.

A aceitação de grupos étnicos e culturais, que parecem estranhos e mesmo esquisitos para a posição, pode ser um dos maiores desafios que um governo democrático tem que enfrentar. Mas as democracias reconhecem que a diversidade pode ser uma vantagem enorme. Tratam estas diferenças na identidade, na cultura e nos valores como um desafio que pode reforçar e enriquecê-los e não como uma ameaça.

Pode não haver uma resposta única a como são resolvidas as diferenças das oposições em termos de opiniões e valores — apenas a certeza de que só através do processo democrático de tolerância, debate e disposição para negociar é que as sociedades livres podem chegar a acordos que abranjam os pilares gêmeos do governo da Posição e dos direitos das Oposições.

08/10/2009

RESPONSABILIDADE DO GOVERNO

Responsabilidade do governo significa que as autoridades públicas eleitas e não eleitas têm a obrigação de explicar as suas decisões e ações aos cidadãos. A responsabilidade do governo é alcançada através do uso de uma variedade de mecanismos políticos, legais e administrativos com o objetivo de impedir a corrupção e de assegurar que as autoridades públicas continuem responsáveis e acessíveis às pessoas a quem servem. Na ausência desses mecanismos, a corrupção pode florescer.

O principal mecanismo de responsabilidade política é eleições livres e justas.
Mandatos por período determinado e eleições obrigam as autoridades eleitas a responder pelo seu desempenho e a dar oportunidades aos opositores de oferecerem aos cidadãos escolhas políticas alternativas.
Se os eleitores não estiverem satisfeitos com o desempenho de uma autoridade pública, podem não votar nela quando o seu mandato chegar ao fim.
O grau em que as autoridades públicas são politicamente responsáveis depende de ocuparem uma posição para a qual foram eleitas ou para a qual foram nomeadas, de quantas vezes podem ser reeleitas e de quanto mandatos podem ter.

Os mecanismos de responsabilidade legal incluem constituições, medidas legislativas, decretos, regras, códigos e outros instrumentos legais que proíbem os atos que as autoridades públicas podem ou não realizar e como é que os cidadãos podem agir contra essas autoridades cuja conduta é considerada insatisfatória.
Um poder judicial independente é um requisito essencial para o sucesso da responsabilidade legal, servindo como um fórum onde os cidadãos levam as queixas contra o governo.

Os mecanismos de responsabilidade legal incluem:
Estatutos de ética e códigos de conduta para as autoridades públicas, descrevendo práticas inaceitáveis;
Leis sobre conflitos de interesses e divulgação financeira, exigindo que as autoridades públicas revelem as suas fontes de rendimento e os seus bens para que os cidadãos possam avaliar se as ações dessas autoridades podem ser erradamente influenciadas por interesses financeiros;
Leis que dão à imprensa e ao público acesso às atas e reuniões do governo;

Requisitos de participação dos cidadãos que dizem que certas decisões do governo devem ter em conta a opinião pública;
Revisão judicial, dando aos tribunais o poder de rever decisões e ações das autoridades e agências públicas.

Os mecanismos de responsabilidade administrativa incluem gabinetes dentro das agências ou dos ministérios e práticas nos processos administrativos que têm como objetivo assegurar que as decisões e ações das autoridades públicas defendem os interesses dos cidadãos.

Os mecanismos de responsabilidade administrativa incluem:
Agências encarregadas de ouvir e responder às queixas dos cidadãos;
Auditores independentes que verificam o uso dos fundos públicos para detectar sinais de uso incorreto;
Tribunais administrativos, que ouvem as queixas dos cidadãos sobre as decisões da agência;
Regras de ética protegendo os chamados informantes - aqueles dentro do governo que falam de corrupção ou de abuso da autoridade oficial — de represálias. 08/10/2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

LIBEROU GERAL: DEPUTADOS DESAFIAM A JUSTIÇA E ARRISCAM TROCA- TROCA DE PARTIDOS

O prazo de filiações para a eleição de 2010 terminou no último sábado e o que se viu foi uma espantosa revoada de políticos em busca de um ninho mais seguro para a disputa. Exatamente um ano antes do pleito, 3 de outubro, a maioria confiou na manutenção do mandato. Mas corre risco. A justiça eleitoral reforçou a importância da fidelidade partidária ao estabelecer que o mandato pertence ao partido. Portanto, mudou de ninho, perdeu o aconchego!
Democratas e PDT já avisaram que vão à justiça tomar os mandatos dos infiéis. O Dem, partido em franco processo de extinção, não só não ganhou nenhuma filiação, como perdeu quatro deputados. O PDT também encolheu, perdeu três e ganhou apenas um.
O PMDB sofreu uma verdadeira lipo-aspiração: perdeu nada menos que 8 deputados, de uma bancada de 96. Mas não vai brigar na justiça. É grandioso, esse pemedebe.
A onda verde de Marina Silva arrastou do PT dois deputados rumo ao PV. O comando petista ainda não decidiu se vai atrás dos mandatos dos ecologistas neo-natos. É provável que deixe por isso mesmo. O partido do presidente Lula, surpreendentemente, não atraiu nenhum deputado.
Proporcionalmente, o nanico PSC foi o que mais lucrou. O partido recebeu 5 adesões, saltando de 12 para 17 deputados.
Ao todo, o troca-troca envolveu 28 deputados de diversos partidos.
As mudanças também afetaram as forças do Senado. De agosto para cá foram 4 mudanças de partido. Assim, o PMDB ficou com 17 senadores, o PSDB com 15, o DEM com 13 e o PT com 11. (Com apuração de TACIANA COLLET e ÂNGELA DE OLIVEIRA, TV Record)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BRASIL SÓ É MENOS DESIGUAL QUE HAITI E BOTSUANA

As contas são da ONU e são assustadoras. A desigualdade social ainda é o grande desafio brasileiro. Com todo o esforço de inclusão que se fez no país nos últimos anos, ainda há um abismo inaceitável entre os brasileiros. Os 10% mais ricos se apropriam de 43% da riqueza nacional. No outro extremo, os dez por cento mais pobres ficam com apenas 1%!
Para se ter uma idéia do que isso significa, veja o índice da Noruega, país número um no mundo para se viver, segundo a ONU: os 10% mais ricos detém 23% da riqueza. A parcela correspondente da população mais pobre tem 4%.
Os dados espantam porque no intervalo de cinco anos (de 2003 a 2008) nada menos que 31 milhões de brasileiros subiram de classe social. Destes, quase 20 milhões deixaram a classe mais pobre, a “E”, que tem renda inferior a R$768,00. E também ascenderam na escala social, deixando a classe “D”, que tem renda até R$1.114,00, outros 1,5 milhão de cidadãos.
Neste período, 43% dos realmente pobres deixaram de ser pobres – segundo classificação em estudo Fundação Getúlio Vargas, com base em dados do IBGE.
Ainda assim, o Brasil ficou estático na posição de número 75 no hanking dos 182 países analisados pelas Nações Unidas. Estes países são comparados entre si, observando-se três aspectos: saúde, educação e renda per capita. O IDH brasileiro está em 0,813. O da Noruega, 0,971. Olhando assim os números, não parece nada. Olhando para nossos hospitais, escolas e para a condição de vida do povo, vê-se que é um abismo.
Para completar, entre os “brics” – o grupo de emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China – o Brasil acaba de perder a liderança para a Rússia, que está na posição 71 no hanking de desenvolvimento humano.
Pergunta aos navegantes de 2010: deu para entender o tamanho do dever de casa?
05/10/2009 Blog da Christina Lemos

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

LIMINAR DO STF SUSPENDE POSSE DE VEREADORES BENEFICIADOS PELA PEC

A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar suspendendo a posse de vereadores beneficiados pela PEC (proposta de emenda constitucional) que cria mais de 7.000 vagas no país.
A decisão da ministra é uma reposta à Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ajuizada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, questionando a emenda.Segundo Gurgel, a emenda retroage seus efeitos às eleições de 2008, ou seja, permite que vereadores suplentes tomem posse em processo eleitoral já encerrado.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ajuizou ontem uma outra ação contra a PEC. Em todo o país, as procuradores regionais eleitorais alertaram os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) sobre a emenda para impedir a posse imediata dos suplentes de vereadores.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também firmou entendimento sobre a questão: a emenda só pode ser aplicada a partir das eleições de 2012.O presidente da OAB, Cezar Britto, disse que é fundamental o respeito ao princípio da anterioridade da Lei Eleitoral.
"E esse princípio é o de que não se pode mudar a regra do jogo eleitoral, salvo se isso for feito pelo menos um ano antes das eleições", disse. "Mas o que essa PEC dos Vereadores está tentando é mudar a regra do jogo dois anos depois que o jogo foi jogado, com prejuízos graves para a democracia brasileira.
"Em Goiás, a Justiça Eleitoral expediu uma decisão liminar suspendendo a posse de suplentes que assumiram cargos de vereadores em Bela Vista de Goiás (GO) com base na emenda.
O juiz responsável pela decisão, Nivaldo Pereira, considerou que, para a posse dos suplentes ser legítima, seria preciso um novo cálculo do quociente eleitoral e uma nova "proclamação de resultados". 02/10/2009

MUSSUM DERROTA "OBAMIS", E "YES, WE CRÉU!" VIRA MANIA ENTRE USUÁRIOS DO TWITER

Brasileiro cria ilustração baseada na campanha de Obama à presidência... mas com Mussum

O falecido trapalhão Mussum entrou em campo - ou nas telinhas do Brasil inteiro... - com a
mais brasileira das armas: a ironia. Milhares de internautas brasileiros surfaram a onda da brincadeira que transformou o slogan de Barack Obama ("Yes, we can") em "Yes, we créu". O brasileiro Rodrigo Hashimoto aproveitou a onda e criou uma ilustração nos moldes da campanha do presidente americano... mas trocando Obama... por Mussum.

- Mussum superou Obamis - diziam uns.

- Yes, we créu! - completavam outros.

A vitória do Rio de Janeiro na disputa pelos Jogos de 2016 tinha virado zombaria no Twitter desde cedo. O “Yes, we créu!” passou a liderar os Trending Topics, lista de expressões mais usadas entre os internautas. O termo superou "Chicago" – a primeira cidade a ser eliminada na disputa –, “Olympic Games” (“Jogos Olímpicos"), “Congratulations Rio” (“Parabéns, Rio”), South America (“América do Sul”) e "Obamis", entre outros relacionados ao tema olímpico.

Além disso, o 'Yes we créu!" superou o "Follow friday", expressão usada por muitos leitores a cada sexta-feira para indicar a outros usuários assuntos interessantes do dia. Geralmente, este é o tópico mais popular no Twitter.
Antes do anúncio da escolha do Rio de Janeiro como sede, o projeto carioca não era dos mais populares no Twitter. Na manhã desta sexta, a cidade figurava entre os Trending Topics, mas logo saiu da lista, enquanto Madri, Chicago e Tóquio continuavam. Com a vitória, a situação mudou. Entre os 10 assuntos mais recorrentes, a cidade chegou a ter sete expressões entre as dez mais.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O TUCANO QUE VIROU PETISTA E VICE E VERSA

ARNS: Ele foi e voltou

Matéria publicada hoje 01/10/2009 na edição impressa da Gazeta do Povo:
O senador Flávio Arns irá se filiar até amanhã ao PSDB. A decisão é mais uma reviravolta na carreira do paranaense, que deixou o PT há 45 dias. Em 2001, ele havia feito o caminho inverso ao trocar os tucanos pelos petistas um ano antes das eleições.
Nas duas situações as escolhas foram motivadas por questões idênticas. A saída do PSDB ocorreu porque Arns (então deputado federal) negou-se a retirar a assinatura da CPI da Corrupção, que investigaria desvios da gestão Fernando Henrique Cardoso. Já as desavenças com o PT ocorreram porque ele desaprovou a conduta ética do partido ao proteger o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O senador negou que a opção seja contraditória. “O PSDB é hoje um partido mais maduro. O período entre estar no poder e na oposição provocou muito debate e reflexão”, declarou. Arns também foi procurado por outras dez legendas, mas disse que o fator decisivo foi a afinidade com as principais lideranças tucanas.
“Tive muita proximidade com o José Serra e o Aécio Neves (governadores de São Paulo e Minas Gerais) quando fui deputado federal pelo PSDB (1991 a 2002). São pessoas que transmitem confiança, estou pensando no que é melhor para o país.” Outro ponto a favor dos tucanos seria a garantia de que ele poderá continuar praticando uma política “apartidária”, voltada aos movimentos sociais ligados à educação e aos portadores de deficiência.

ESTUDANTES PROTESTAM POR VAZAMENTO DA PROVA DO ENEM

Recife e Rio de Janeiro - Com apitos e nariz de palhaço, cerca de 300 vestibulandos de cursinhos e colégios particulares de Recife demonstraram sua indignação diante do vazamento do conteúdo das provas do Enem e seu consequente cancelamento, em um protesto na praia de Boa Viagem, zona sul da cidade.
Durante duas horas, no início da tarde, eles percorreram as ruas Antonio Falcão e Félix de Brito, indo e voltando, pelo calçadão da praia de Boa Viagem, e gritando slogans a exemplo de "Au, au, au, vexame nacional". Quando os semáforos fechavam, nas esquinas destas ruas, eles tomavam conta da pista com cartazes que diziam "Enem aí", "Enem é palhaçada", "Nós somos cobaias", "Enem é prova de incompetência", "Estudante é palhaço".
Em Pernambuco, o cancelamento das provas atingiu 231 mil estudantes. As provas do Enem se encontravam no Estado desde o dia 24. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) adotou as provas como a primeira fase do concurso. Como esta fase não é eliminatória, de acordo com o reitor Amaro Lins, não haverá modificação do calendário da segunda fase, composta de provas específicas.
Estudantes também fizeram manifestação no Centro do Rio, para protestar contra o que chamaram de desorganização do Ministério da Educação. Eles reclamavam, principalmente, da fragilidade do sistema de segurança da instituição, o que resultou no vazamento da prova. Um grupo de 150 alunos se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, e seguiu até a sede do Ministério.
do UOL Notícias 01/10/2009

O QUE VOÇÊ ACHA DO CANCELAMENTO DA PROVA DO ENEM?

O ministro Fernando Haddad deverá ser ouvido no Senado sobre o vazamento do Enem

Durante a coletiva sobre o cancelamento da prova do Enem, o ministro da Educação, Fernando Haddad foi questionado se tinha alguma explicação para os alunos que pudessem estar ansiosos por fazer o Enem.
Descontraído, ele chegou até mesmo s brincar, dizendo que "a maioria dos e-mails (que chegavam ao MEC) era para prorrogar o prazo. Nove entre dez e-mails que a gente recebe dizem: que bom que cancelaram a prova."
O que você acha da declaração do ministro? Você acha que o cancelamento do Enem foi mesmo positivo, pois permite um tempo maior para quem não estudou? Ou acha que ele só vai atrapalhar? Solte a Língua! 01/10/2009

HORÁRIO DE VERÃO

O horário de verão começará à 0h do próximo dia 18, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora. Serão 126 dias até a meia-noite de 20 fevereiro de 2010. O governo federal estima que a economia de energia chegará a 5% nos horários de pico de consumo. A medida foi criada para amenizar as frequentes faltas de energia em diversas regiões do país durante o verão e, assim, aumentar a segurança do sistema elétrico.
Os críticos do horário de verão, porém, argumentam que a medida é desnecessária, porque os reservatórios das principais usinas hidrelétricas estão cheios e garantem o fornecimento sem problemas. Segundo o governo, a economia de energia nas regiões Centro-Oeste e Sudeste está estimada em 1.800 megawatts, enquanto a região Sul deverá ter uma redução no consumo de 500 megawatts.
O horário de verão vai vigorar em estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal.